quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Vida vedada

Chuva que teima em cair. Escuridão que me assola. Tempestade que me arrebata. Vocês que me envolvem e me acompanham neste caminho de trevas. No duro reconhecimento da minha perda.Ando só. Vagueio por caminhos indefinidos. Nada é uma certeza, apenas este sentimento que se apoderou de mim. Deixaste os meus sonhos destruídos. Os seus cacos ficaram quietos no chão e este sentimento cravado dentro de mim.Muitos caminhos trilharei sozinha e fá-lo-ei com esta marca que não mais vai desaparecer. Não se esquece a vida que escolhemos mas que fomos obrigados a deixar para trás. E agora não há escolhas, apenas obrigação. Nenhum caminho parece ter destino.Deixo para trás a vida que nunca sonhei mas a que se revelou melhor que qualquer sonho, que qualquer ficção, que qualquer conto de fadas...A única que me fez sentir-me em pleno. A única que permitiu que me libertasse das amarras de estéreotipos e preconceitos. Não me deixaste entrar no teu palácio. Fiquei apenas pelos jardins. E destes fui expulsa.Porque só te lembras do que nos separa e te esqueces do que nos une?

2 comentários:

Anónimo disse...

Antes visitar os jardins... que acabar nas masmorras... :P
Acredita que se não foste mais longe... foi bem melhor para ti...
:D

Bela Q. disse...

caro(a) vozdaignorância, não sei bem se acabaria nas masmorras...Ter podido entrar neste palácio era a minha vontade e resolvia-me muitos dilemas tirando-me destes caminhos indefinidos por onde ando...Não tenho a certeza se foi o melhor. ;)