sábado, julho 04, 2009

O inicio de uma nova relação

Meu querido telemóvel:

Ainda me lembro da primeira vez em que te vi. Achava-te tão moderno e avançado. A qualidade da tua imagem era tão superior à que estava habituada e tinhas tantas funcionalidades. eras de terceira geração. Que entusiasmo!!! O teu antecessor nada era em comparação contigo. Passamos tantos momentos juntos. Foram telefonemas de alegria e de tristeza, mensagens curtas e de multimédia...Foi contigo que fiz a minha primeira videochamada. Registamos tantos momentos e tantos lugares com a tua camarazinha de 1.3 megapixel. Foi uma paixão forte!

Mas as paixões não são eternas e há sempre o momento em que começam as desavenças.

Muitas foram as tuas quedas e os riscos começaram a surgir. Já não eras assim tão atraente... Começaram a aparecer telemóveis mais giros e com imagens melhores. As tuas fotos já não me satisfaziam. Não te ficaste e começaste a tua vingança. A tua bateria durava cada vez menos e morrias de vez em quando (quando mais precisava de ti). Desligavas a chamada na cara dos meus amigos fazendo-me passar por mal educada e ficavas sem bateria quando era urgente falar com alguém.

Tanto que aguentei e cada vez estavas pior. Nem com as minhas ameaças melhoraste.

A nossa relação tão próxima durou 4 anos (há casamentos que duram menos). Mas chegou a hora do divórcio. Conheci outro. É muito mais atraente e feminino. Tem muitas mais funcionalidades, tem uma câmara com 3.2 megapixel e não me vai deixar ficar mal tão cedo. Foi amor à primeira vista. Lamento que isto tenha de acabar assim mas já era uma relação insustentável.

Vou seguir a minha vida com o meu XpressMusic 5610 :D :D :D

Bela

3 comentários:

Xuxy disse...

O meu quando soube que eu estava interessada em outro, decidiu suicidar-se para me deixar o caminho livre!

Bjs

Em ConstantE ConFlito disse...

Claro que falas de um telemóvel, mas ao ler este teu post, esta descrição de relacionamento, tão bem relatada diga-se de passagem, fez-me recordar a relação de muitos casais, que tal como a tua terminam.

As pessoas que num dia são a nossa razão de existência, num outro dia, são simplesmente seres aberrantes.

É verdade, nada é eterno, nem mesmos nós...

El Sardonito del disierto disse...

ola, eu aqui á atrazado apaixonei-me sabex pruma máquina de labari a ropa...
agora asério escreves maravilhosamente bem de uma foema muito sentida apesar de este tema ser banal trandformaste-o numa metáfora,
AmO-Te
eL aDmIrAdOr