segunda-feira, dezembro 25, 2006

de "A amizade é real" - Capítulo I - "As traumatizadas"

Daniela sofre um trauma de infância quando lhe dão o nome “nelita”, coitada, brincava solitária na “Rua”. Vamos lhe chamar “Rua”! Ela passava o seu tempo, a falar com pessoas que os outros não viam, pois é, e não e´tudo ela brincava ao faz de conta e tinha um namorado imaginário…pobre criança… Adorava imaginar grandes aventuras e convencia-se mesmo que estava a vivê-las. Passava tardes a brincar como se estivesse a voar, no fundo ela queria imitar aquela cantora que canta:”I belive I can fly;I belive can tutch the sky…” porque fazia GESTOS como se tocasse no céu…. Chegando mesmo a ser patética. Por outro lado, Carla era mais realista. Adorava dançar (e não com musica imaginária).
Um dia, Carla foi à janela da sua sala e viu a pequena Daniela a brincar ao faz de conta. Pensava que a miúda tinha pirado. Mazinha como mostrava ser, abriu por completo a janela, aumentou o volume da música e começou a dançar tentando mostrar que era a melhor. Daniela viu-a e morreu de vergonha. A partir daí tentou sempre fugir daquela sua vizinha… Morria de vergonha sempre que a via.
Isto não poderia ficar assim senão não tinha piada! Depois de algum tempo, Carla mostrou que não era tão mazinha como parecia e Daniela perdeu a sua timidez. As duas tornaram-se grandes amigas e desde aí nunca mais se separaram.
Aqui está como estas meninas se conheceram. E depois? O que é que lhes aconteceu? A resposta é tão extensa que não cabe nesta história por mais que se escreva.
Carla e Daniela passaram a sua infância com várias aventuras. Nelas participaram não só as duas meninas, mas também as outras crianças que habitavam nas redondezas. Destas destacam-se Cris, irmã de Carla e João, bem como os seus irmãos, Pedro e Maria.
Estas crianças passavam os dias a inventar brincadeiras novas. Onde elas se metiam!
-Guerreiros? Eram coisas de desenhos animados, talvez.
-Leca? - Mas o que é isso? – Perguntam vocês.
-Acampamentos sem sair da rua? – Mas que grande imaginação.
Algumas brincadeiras eram infantis e outras bastante criativas. Na verdade o mais importante de tudo é que viveram a sua infância ao máximo.

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